sábado, 24 de março de 2012

O Histórico e Contemporâneo Artigo do Frei Petronio - Ecoando para Eternidade !!!

Os “filhos” do tio Léo: Uma análise da política e da mídia de Jacobina
Por Frei Petrônio de Miranda.

24/8/2009 às 11h47 - Meu caro leitor, com os pés no chão da nossa realidade política e social, quero levar-lhe a refletir sobre a política a partir da mídia escrita e falada de Jacobina. Afinal, não posso sair de Jacobina sem perder o apelido de “Frei sem freio”.
Para começar, um teste rápido para aguçar a sua inteligência. Repito, é apenas um teste! Você sabe quanto o ex-gestor, Dr. Rui Macedo, investiu na mídia escrita e falada de Jacobina na tentativa de se reeleger? Quem era o proprietário do falecido jornal O Encarte? E o jornal, A Semana, é de quem mesmo?
Quem foi que encomendou a pesquisa das últimas eleições divulgadas nas vésperas das eleições municipais de Jacobina? Calma, seu Maurício Dias, é apenas um teste! Por que foi que o então Prefeito, em 2008, saiu do PSDB e foi para o PMDB? Por amor a Jacobina? Para onde foram os milhões enviados pelo Ministro Gedel nas vésperas das eleições municipais?
Por que a atual prefeita, senhora Valdice Castro, foi lançada candidata a prefeita na véspera da convenção do DEM, no vapt-vupt?
Qual é a instituição de caridade contemplada com o salário do Secretário, Dr. Leopoldo Passos, anunciado pela então prefeita, no jornal das 7 da Jacobina-FM? Por que algumas emissoras fizeram a cobertura total do encontro do Gedel-PMDB, acontecido nesta cidade, neste ano?
Por que será que o site, Noticia Livre, não divulgou o parto de Joseane Santos da Silva, 22 anos, uma mulher que teve o filho no meio da rua, na cidade de Caldeirão Grande, na madrugada de quarta-feira, dia 08 de julho de 2009, cidade esta administrada por uma prefeita do PSDB? Calma, João Batista Ferreira! É apenas um teste!
Por que foram engavetadas as denuncias contra os empresários do gás, da pedofilia em Palmeirinha, da execução da Polícia Caesa, na Vila Feliz e na degradação e poluição do meio ambiente de nossos rios? Por que a mídia escrita e falada de Jacobina não esteve no Fórum Dr. Jorge Calmon, quando a Polícia Caesa sentou no banco dos réus, diante da Dra. Vera Lúcia Barreto Martins Lima - Juíza Titular da Vara Crime da Comarca de Jacobina para falar sobre o episódio da Vila Feliz, onde o jovem Gil Marcos foi executado no dia 13 de abril de 2007? Por quê? Por quê? Os porquês precisam de respostas, não é mesmo, caros âncoras das nossas emissoras?
Estas perguntas nos fazem pensar como estamos vivendo nesta cidade e como digerimos os debates na mídia escrita e falada. Bem sabemos que, assim como a família Collor de Melo mantém uma rede de comunicação no Estado de Alagoas, ou a família do Sarney, no Maranhão, também aqui, o estado da Bahia, não foge à regra. Rádio significa poder, manipulação e votos. Repito, votos!
Você deve estar se perguntando: !”Mas, frei, quem são os “filhos” do tio Léo?”. Bem, vamos voltar a história política de Jacobina, mais precisamente na gestão Leopoldo Passos. Naquela época, o “Tio Léo” necessitava de um comunicador inteligente, astuto e perspicaz para alavancar a imagem então desgastada do velho coronel.
Quem foi o Indiana Jones? Maurício Dias. Sim, o âncora radialista atual coordenador de jornalismo da Rádio Clube Rio do Ouro, não apenas “salvou”, o tio Léo, mas o orientou em suas investidas políticas para ganhar as eleições em dois mandatos. Aliás, o próprio Maurício Dias relata este fato na entrevista ao site do Corino Alvarenga.
Falar sobre política em Jacobina é sinônimo de esperteza, jogo de cintura e, acima de tudo, marketing. Quem tem todas estas qualidades? Não sabe? Resposta, um outro filho do tio Léo. Quem, quem? Vamos pensar juntos.
Lembra quem foi o responsável por aquela última carreata brilhante e quase vitoriosa do então candidato Rui Macedo? O marqueteiro que ficava hospedado no Hotel Serra do Ouro ganhando uma fortuna da coligação “A Força do povo”? Errou feio, o salvador da pátria chamava-se Juliano Cruz. Sim, este outro filho desgarrado do velho coronel, que aprendeu na escola do “Tio Léo” todos os truques e milagres da política jacobinense.
Nesta linha de reflexão, não podemos esquecer sob hipótese alguma de outro filho fiel e principal marqueteiro da campanha da atual prefeita, hoje, um eterno revoltado e também mais um filho desgarrado por não ser contemplado pela tão sonhada secretaria prometida, não pela prefeita, mas pelo nosso “expert” político “Tio Léo”.
Quem, quem! Não sabe? Fala sério! Uma dica: ele vive do seu trabalho polêmico e do seu site. Considero um dos maiores comunicadores e marqueteiros de Jacobina. Ainda não sabe? Estou falando do Corino Alvarenga. Este sim, investiu na campanha da prefeita eleita, foi o primeiro a desfilar em Jacobina com um adesivo da candidata em seu carro e era um defensor de primeira linha do falecido jornal O Encarte. Coitado do Alvarenga!
Por último, quero falar de outro comunicador inteligente, marqueteiro político e um ex-filho fiel. Refiro-me ao âncora do Jornal da Serrana-FM e idealizador do site Notícia Livre, João Batista Ferreira. Com o seu jeito discreto, foi também um grande defensor do falecido jornal O Encarte. Não é à toa que o deputado Sérgio Passos o tem como seu assessor político.
Ao finalizar este artigo, digo com toda convicção. Se fosse prefeito de Jacobina, antes de pensar nos secretários (as) e na equipe para governar esta cidade, convidaria a tropa de choque dos ex- “filhos” do tio Léo: Maurício Dias, Corino Alvarenga e João Batista. Ficar contra estes radialistas sem “papas na língua” é dar murro em ponta de faca, burrice do gestor que não os tem como assessor. Que o diga o “Tio Léo”!!!




SAUDAÇÕES !!!

4 comentários:

  1. Muito bom o artigo de frei Petrônio, contudo superestima uma "classe" muito peculiar em Jacobina, o "jornalista", o sujeito que trabalha em uma emissora de rádio ou garatuja uns textos em um jornal. Na verdade a política no Município é decidida por quem "investe" nas campanhas grandes quantias em dinheiro para "tirar" depois. Assim, é o dinheiro que manda nos supostos jornalistas, nos cabos eleitorais e em outros tipos de cabaladores de votos. Isto me faz lembrar uma frase de Balzac: "O dinheiro cumpra tudo, inclusive o verdadeiro amor"

    Indiscutível que o frei menciona muito acertadamente três cidadãos com muita habilidade política e que sempre "investem" grandes quantias nas eleições: Leo, Rui e Juliano Cruz. Queiramos ou não dois deles são "mestres" da política prática pois Leo tem "doutorado".

    Depois da Constituição de 1988 os Municípios passaram a ter o cofre abarrotado de dinheiro e a política salvo as exceçoes de sempre passou a ser a luta por este cofre, a grana é o butim da disputa eleitoral para os que querem aumentar o patrimônio ou para aqueles que iludidos ou rebaixados pela vida querem alguma migalha, algo para "mamar" .

    Para piorar para os cidadãos contribuintes com a urna eletrônica quem quiser fraudar as eleições vai ter que fraudá-las antes do voto entrar na urna; comprar os votos com todo tipo de meio de escambo: promessa de emprego, assalariamento dos cupinchas para trabalhar nas próprias eleições e dinheiro em espécie para eleitores, sem contar bons contratos com as emissoras de rádio, onde os "jornalistas" recebem a "ponta" deles. Tudo dentro da lei, e fora da ética...

    Neste ambiente vicejam os puxa-sacos, uma espécie que Jacobina é pródiga em poduzir, que o Frei não mencionou, mas que é fundamental em uma eleição municipal em Jacobina ou em qualquer outra cidade com muita pobreza, muitos eleitores analfabetos e semi-analfabetos.

    Este tipo presta um serviço análogo ao de pistoleiro em "assassinar" reputações e disseminar mentiras, cinismo e pessimimo e desinformar a população. É fácil identificá-los em Jacobina, alguns até se autoqualificam como "jornalistas" dado que para exercer esta profissão nem de diploma o sujeito precisa.

    A classe política está tomada pelos malandros, uma consequência das mudanças incompletas pela qual o país vem passando: a redemocratização com eleições de dois em dois anos, as urnas eletrônicas que fecharam as portas para um tipo de fraude, a fraude na contagem dos votos, mas desacompanhada de rigorosa aplicação da legislação eleitoral conduziu as fraudes nas eleições para outras plagas, igualmente atentatórias contra eleições limpas, o voto livre e as práticas democráticas.

    Só a aplicação das leis fará uma regeneração na classe política e na manneira como se disputa uma eleição municipal, principalmente. O começo é punição dos ladrões de galinha da política, aqueles que afanam o dinheiro público, eleições não podem ser "investimentos" para quadrilhas e organizações criminosas tomarem conta do cofre do Município; outra coisa importante é a reforma política com o financiamento público de campanha, voto em lista e fidelidade partidária, entre outras coisas urgentes e necessárias.

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  2. (Continuação)

    A política é uma espécie de trabalho voluntário que o cidadão presta à sociedade, como salvar as baleias, salvar um rio, evitar o desmatamento ou a extinção do mico-leão-dourado.

    Contudo, atualmente esta atividade está tomada de bandidinhos, "mamadores", puxa-sacos e outras subespécies causando um dano irreparável à sociedade.

    O Poder Judiciário tem parte nesta degeneração pois sem a aplicação das leis não é possível extinguir certos tipos de bandidos que sequer deveriam se candidatar menos ainda ser eleitos.
    Uma reforma do Judiciário se faz também urgente pois lá também a coisa está apodrecida.

    A solução é ampliar a competência do Tribunal do Júri, a sociedade julgar seus própios delinquentes, a cidadania ser levada ao grau máximo.

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  3. meu caro Luiz Brasileiro é preocupante analisar o futuro político de nossa cidade.....Quero acrescentar que no nosso municipio não se faz política e sim politicagem.

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  4. Giovane, dificil é saber onde começa uma e termina a outra na prática política atual em muitas cidades como Jacobina. A condenação moral e até mesmo a separação teórica entre uma e outra não nos acrescenta muita coisa em termos de resultados, e a política prática é a busca de resultdos, vitórias nos pleitos.

    É possível e desejável competir com os politiqueiros e vencê-los sem recorrer à politicagem, mas é necessário tutanos, tirocíonio para criar táticas e estratégias tão eficientes quanto as deles.

    Alterar as circunstâncias buscando melhorar a qualidade do cidadão, construir uma organização política com pessoas qualificadas para a luta política, e buscar mudar as regras do jogo, a reforma eleitoral supramencionada, são passos decisivos para reduzir a politicagem e a ação das quadrilhas e organizações criminosas na política, competindo e derrotando-os.

    O problema é que estes passos só serão implementados por um quadro político, uma liderança política. Este tipo de líder leva 20 anos para ser formado. Muitos tentam mas fracassam, a maioria por ausência de talento específico, ausência de uma característica moral básica, a grandeza, o desprendimento para a vida pública. Agir com baixeza é fatal para qualquer aspirante a político.

    Mas temos que ponderar que com o ambiente político que temos, cidadãos tolerantes com a safadeza e com baixo nível cultural para discernir o interesse público, é dificil emergir deste ambiente um político, emergir a pérola do lodo.

    Ademais, numa sociedade moralmente degradada, que vendeu a alma ao dinheiro, surgir um político é dificil; e se surgir, vencer os politiqueiros é uma tarefa das mais dificeis pois o ambiente lhes é totalmente favorável; não é à-toa que os malandros compram votos de outros malandros como se compra água.

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