Post-scriptum
Este artigo foi publicado em 23 de
novembro de 2004, poucos dias após a morte de Celso Furtado. Além de
homenagear esse grande brasileiro, esse artigo buscou representar a
grande esperança que significou a eleição do Lula para a grande obra de
construção de nossa Nação. Hoje vemos que Celso Furtado previu
corretamente o que aconteceria nos governos do PT.
Introdução
A
morte do professor Celso Furtado simbolizou o fim de uma era do
desenvolvimento. Uma era que ele soube traduzir como ninguém. Somos de
uma geração, formada nos anos 90, que via a desigualdade e a pobreza
como fatalidade. Não era assim que Celso Furtado via. Aliás, ele e sua
geração de intelectuais desenvolvimentistas não apenas viam, eles eram
importantes agentes políticos. Devemos a eles parte de nossa
prosperidade e dos serviços públicos que ainda nos restam,
principalmente nós que nascemos na chamada classe média.
O Velho Desenvolvimentismo e o povo
Nasci
em 1975, sou filho do milagre. Por favor, não me confundam com “filhote
da ditadura”, como Brizola genialmente batizou um de nossos
ex-presidentes. Sou filho do milagre, pois, como disse meu avô certa vez
para minha mãe: “vocês terão uma vida melhor que a nossa e seus filhos
terão uma vida melhor do que a suas”. Essa era a mais pura "verdade".
Meus avós iam à escola descalços, estudaram, mas nenhum deles fez curso
superior. Lutaram e construíram famílias numerosas, respectivamente 8 e 9
filhos, bem típico dos anos 40 e 50.
Meus pais nasceram nos anos 40. Mais ou menos à época em que Celso Furtado escreveu seu primeiro livro ‘Contos da vida expedicionária – de Nápoles a Paris’ e sua tese de doutorado L’economie coloniale bresilienne.
A
vida era muito difícil, raramente comemorava-se o aniversário dos
filhos como é feito hoje. Certa vez, ouvi essa história: minha tia,
estimulada pela convivência de amigas mais abastadas, encasquetou que
minha vó tinha que lhe dar um presente de aniversário. De tanto
insistir, minha avó tirou do dinheiro reservado para o feijão um
montante para satisfazer o luxo da filha. O dinheiro ia fazer falta, mas
valeu à pena, pois ela ficou radiante em ganhar um pequeno saco de
biscoito cream cracker. Esse “luxo”, para uma família operária de 9
filhos, só foi possível graças à prosperidade econômica e à mudança
cultural dos anos 50. Na família de camponeses de onde veio minha avó,
esse capricho, seria motivo para uma boa bronca.
Nos anos 50, as
famílias que emigraram para as cidades, se inseriram no mercado de
consumo e sofreram salto no padrão de vida e cultural. As crianças
passaram a ter escola, todos se alfabetizaram e conheceram o mundo
através da leitura e dos meios de comunicação.
Furtado e o desenvolvimentismo
A
prosperidade econômica e o otimismo foram particularmente fortes no
governo JK, cuja política econômica foi baseada no planejamento do plano
de metas cuja metodologia e idealização se baseou na iniciativa e nos
estudos recém criados por Celso Furtado no BNDE e na CEPAL durante o
governo democrático de Getúlio Vargas.
No governo JK, Furtado
criou ainda a SUDENE com o objetivo de tirar o nordeste do atraso
econômico e social. A esperança e a fé no futuro àquela época pode ser
percebida pelo livro 10º livro de economia política de Celso Furtado: ‘A pré-revolução brasileira’.
O desafio intransponível da desigualdade
Furtado
sempre teve grande preocupação com a má distribuição de renda no
Brasil, como se pode depreender de seu 12º livro: ‘Subdesenvolvimento e
estagnação na América Latina’. No Brasil vivemos uma espécie de sistema
de castas, apesar de não tão rígido como na Índia. Existem os empregos
de classe alta, os empregos de classe média, os empregos da classe
operária e os subempregos dos marginalizados. As diferenças de
remuneração entre essas "castas" é talvez a maior do mundo, e certamente
muito maior do que na Índia.
Entre classe alta e média há alguma
mobilidade, assim como entre classe operária e os marginalizados, mas
entre a classe operária e a classe média, a mobilidade era limitada. Se o
cidadão não encontrar a chave para essa mobilidade terá que se
contentar com a indecente diferença salarial que existia entre um médico
estabelecido e um profissional qualificado como um carpinteiro, ou,
pior, entre um dentista e um profissional desqualificado como um
funcionário de comércio popular. A chave do portão que divide essas
classes se chama universidade ou pequena empresa bem sucedida.
Eventualmente podemos dizer que existem outras chaves como o político, o
artista ou o esportista bem sucedido, mas essas são ainda mais
difíceis.
Para os liberais, o desempregado é um vagabundo e o
pobre não se esforça o suficiente para sair de sua situação. Mas isso
não é uma verdade, pois a ascensão social é um rígido funil. Por mais
que lutem, as vagas para o outro lado não aumentam significativamente
por iniciativa própria. Pode-se passar no vestibular por mérito próprio,
mas nem todo mundo pode ter “mérito próprio” suficiente, pois o número
de vagas não aumenta há muito tempo. Por mais que aumente o “mérito
próprio” de todos, muitos não conseguirão tirar do fundo de sua alma e
de sua luta “mérito próprio” suficiente, pois mais "mérito" não
significa mais vagas. A ideologia da “meritocracia” na prática é mais
uma forma de justificar os privilégios de nascimento.
Com as
microempresas acontece um evento semelhante ao vestibular. As vagas como
empresários bem sucedidos no ramo de bares na periferia, restaurantes
de PF, vendedores ambulante, dono de serralheria, caminhoneiro autônomo e
carreteiro são limitadas. Mesmo que o número de ofertantes desses
serviços aumente, a demanda não aumentará significativamente. O mesmo
poderia não acontecer, se esses microempresários vindo das classes
operárias e marginalizadas conhecessem de computação ou alguma
tecnologia avançada desde criancinhas e criassem uma Microsoft, ou seja,
inventando seu próprio emprego. Se tivéssemos um monte de geniosinhos
bem alimentados, e com tempo e acesso a todo o conhecimento que anseiam
adquirir, pode ser que o número de vagas entre microempresários bem
sucedidos não fosse tão limitada. Mas isso não é uma realidade, nem aqui
e nem mesmo nos EUA. Não é qualquer um que nasce com desejo e
capacidade para ser um megaempresário inovador, mas mesmo entre os que
nascem, são poucos que tem essa oportunidade.
Na falta de
melhores oportunidades, parte de nossos mais agressivos empreendedores,
vindos das classes menos favorecidas, acabam criando empresas como a
Fernandinho Beira Mar S/A. Cobrar que um desempregado seja um
microempresário inovador bem sucedido é uma extrema injustiça e
autoritarismo. Precisamos respeitar os desejos e os talentos das
pessoas, considerando principalmente as limitações que lhes são
impostas.
A solução da desigualdade não pode fugir do binômio: Desenvolvimentismo e Educação
Resumindo,
o funil é rígido e por mais que se esforcem poucos podem atravessar.
Mas entre os anos 30 e 1980 a boca do funil foi muito alargada. Não
apenas o funil foi alargado, como também a renda e as oportunidades de
emprego dentro das diversas “castas” foram significativamente ampliadas.
Posso dizer que meus avós pertenciam à classe operária, eles melhoraram
de vida durante os anos 40 e 50, graças não apenas à própria luta, mas
também àqueles “anos dourados”.
Com meus pais foi diferente, eles
atravessaram o funil. Foi difícil, lutaram muito, trabalharam enquanto
estudaram mas conseguiram. Meu pai consertava estofamentos e acabou
entrando na universidade pública, graças a muita garra. Mas entrou nela
com a idade que tenho quando estou terminando meu doutorado. E, apesar
das dificuldades iniciais, pôde aproveitar de oportunidades que não
seriam imagináveis para meu avô. A farta oferta de empregos no período
dava segurança aos jovens para sonhar um pouco mais, diferentemente de
hoje, quando o desemprego assustador leva todos a buscar apenas a
segurança financeira mínima, deixando guardado seus sonhos.
Quando
meu pai saiu da universidade, em pleno milagre, ultrapassado o funil,
pôde desfrutar da incrível fartura de empregos disponível aos
integrantes da “casta média”. Podia-se dar ao luxo de financiar
apartamento, carro e mobiliar a casa com poucos meses de salário. Além
de dar aos filhos todo o conforto, educação e cultura, que um legítimo
herdeiro da “casta média” “mereceria”. “Os filhos teriam mais conforto e
cultura que os pais” e se Deus quisesse, mais democracia...
A
ditadura era terrível, era manchada de sangue e havia exilado nossas
melhores cabeças como do professor e ex-ministro do planejamento de João
Goulart, Celso Furtado, que naqueles terríveis 20 anos escreveu 15
livros e outro tanto de artigos e ensaios. Dizem que havia dez mil
exilados compulsórios e voluntários. Todavia, a esperança e o sonho, o
sonho colorido, tropical e solidário imaginado pelos modernistas e
plantado sob ferro e sabedoria com Getúlio, com alegria e coragem por JK
e com ciência e fé por Furtado resistia bravamente. Havia retrocessos,
mas também avanços. O desenvolvimento era uma questão de tempo. Coragem e
esperança não faltavam, nem a um lado nem a outro, nem à esquerda nem à
direita. As primeira décadas do pós-guerra foram um período muito
romântico no resto do mundo, mas aqui foram a consolidação da nação, que
pela primeira vez tinha fé em si mesma.
O Fim da “Era Vargas” do desenvolvimento
Podemos
dizer que esperança e o sonho permaneceram vivos até a eleição de
Tancredo. Anistia, diretas já, Henfil, tudo correspondia ao sonho. Nem a
dura recessão do início dos anos 80, a primeira em muitas décadas,
infringiu um abalo severo em nosso simbolismo. Com as esperanças
renovadas, Furtado escreveu no primeiro ano da Nova República ‘A
fantasia organizada’. Depois houve a morte de Tancredo, o fracasso do
plano cruzado, a inércia do governo Sarney. Inércia que não foi
acompanhada por Celso Furtado, pois mesmo insatisfeito com a condução da
política econômica, manteve a disciplina e fez uma gestão corajosa no
Ministério da Cultura. Todavia, a política econômica do Sarney
fracassou.
Até aí, tudo bem, a gente esperaria a nossa vez. As diretas ainda não haviam chegado...
No
entanto, as diretas trouxeram o que foi chamado pelo Professor Carlos
Lessa de Fernandeca. Separado pelo feliz interregno de Itamar, que
renovou-nos a esperança, vivemos entre os 2 anos de Collor de Mello e os
8 anos de Henrique Cardoso, um triste e constante balde de água fria.
Como brinca o Professor Lessa, podemos fazer uma analogia desse período
com aqueles terríveis anos de miséria que assolavam o Egito de tempos em
tempos, como se fosse uma prolongada praga de gafanhotos (ou
fernanhotos) que se abateu sobre nós. Mas o professor Furtado não se
abateu. Escreveu nessa época seu 34º livro, ‘O longo amanhecer’, de um
total de 36 livros de economia política.
A fernandeca foi a
década de mais baixo crescimento e maior taxa de média de desemprego em
toda nossa história. Isso espantou Celso Furtado: "Como explicar que uma
economia com a vitalidade da brasileira, que nos primeiros três quartos
do século XX beneficiou-se de um ritmo de crescimento superado apenas
pelo do Japão, tenha se conformado com uma taxa de decrescimento no
decorrer deste último decênio? [1]"
Como se não bastasse deixar a
economia brasileira doente, os Fernandos se aproveitavam para pisotear e
humilhar o enfermo, a proganda governamental ou semi-oficial se
encarregou de desqualificar e desmoralizar os maiores símbolos de nosso
orgulho. Primeiramente desqualificaram o sucesso de nossa história
recente, a política de substituição de importações, de industrialização
induzida pelo governo e muito bem descrita por Furtado, Tavares, Lessa,
entre outros. Essa história que deu oportunidade para meus avós, meus
pais e para mim. Como disse, sou filho da parte boa do milagre e neto da
política econômica do Getúlio e JK. Essa história para mim é gloriosa, é
a história da minha família, do meu povo. Uma história de luta, de
esperança e de sonho.
Eles não poderiam ter desqualificado o que
temos de melhor. Atacaram nossos símbolos, nosso orgulho. Nos anos 90 a
Petrobrás virou “petrosauro”, a sistema elétrico mais limpo e barato do
mundo virou "ultrapassado", o Proálcool, a energia promissora da
biomassa tropical. virou rentseeking de usineiros, as estatais que nos
deram uma fartura de aço, minérios, metais, celulose, petroquímicos,
adubos, aviões e, principalmente, desenvolvimento, viraram paquidermes.
O
que vinha de fora, o que era importado era o único padrão, as
expressões inglesas passaram a ser adotadas em um ritmo nunca visto, as
recomendações que vinham do FMI e do banco mundial eram a única lei.
Fernando 2º chegou a até a sugerir que Chico Buarque era um “artista
menor” (?!!!). Passaram de todos os limites!!
Assim, crise
econômica, mediocridade política, subserviência geopolítica e cultural,
propaganda neoliberal, imposição de pensamento único com interrupção do
debate e monopólios da mídia, durante a fernandeca, mataram nossos
sonhos e nossas esperanças.
"Em nenhum momento de nossa história foi tão grande a distância entre o que somos e que esperávamos ser" (Celso Furtado)
Lula, o PT e a esperança
Até
que surgiu a luz no fim do túnel, não é uma luz tão recente, tem 24
anos, data da fundação do PT. Mas é uma luz que não parou de brilhar até
as eleições presidenciais de 2003. Fundado a partir dos movimentos
sindicais da segunda metade dos anos 70, o PT teve o Lula como fundador e
estrela maior.
Lula ultrapassou sozinho todas as castas. Da
marginalidade ao operariado, de operário a presidente. O Lula,
metalúrgico, sindicalista e político também é um filho do milagre. Sua
ida para São Paulo com a família, sua formação como torneiro mecânico no
Senai e seu progresso social possivelmente também são netos do
progresso econômico e social dos períodos Getúlio e JK. Desses herdou
também a chama das nossas lutas pelo povo e pela nossa independência
como nação.
A esperança venceu o medo nas eleições. Precisamos
voltar ao ponto de onde paramos, voltarmos à esperança de um Brasil
justo, igualitário, e cheio de alegria; alegria tropical, mestiça e
autêntica. Um Brasil dos sonhos do professor Celso Furtado.
Será
que todas as crianças nas ruas, e favelas e nas plantações puderam
comemorar seu aniversário no ano de 2004? É hora do nosso povo voltar a
sonhar em receber presentes de aniversário e até em coisas maiores, como
no passado:
"Tínhamos a idéia de que, se o país conseguisse
atingir um certo grau de desenvolvimento industrial, de desenvolvimento
econômico propriamente dito, a um certo nível de desenvolvimento
ganharia autonomia. Daria um salto enorme que significa sair de uma
economia de dependência econômica para uma autêntica independência. Era
nada menos do que isso que estava em jogo. E eu escrevei sobre isso, e
disse que estávamos nas vésperas de dar esse salto. Foi nos anos 50,
quando houve o debate sobre Brasília etc. Na verdade, houve uma tomada
de consciência de um lado e de outro, o Brasil viveu o seu período mais
intenso de construção política, de renovação do pensamento. Para mim, a
história do Brasil tem um período extraordinariamente significativo,
esse período que vai do fim do primeiro governo Vargas até o começo da
ditadura militar, cerca de 20 anos. Foi uma ebulição política na qual
todas as idéias vieram a debate, descobrimos tudo, tudo veio à tona, e
foi um entusiasmo muito grande. Pelo Brasil afora, fui paraninfo de
dezenas de turmas de estudantes... Era uma coisa muito empolgante, o
país se industrializando, se transformando, incorporando massas de
população à sociedade moderna” (Celso Furtado, dezembro de 2002; Caros Amigos, fevereiro).
Inclusive minha família e a do Presidente. Infelizmente...
“Isso
tudo veio abaixo. E não veio abaixo porque a economia brasileira deixou
de crescer, ao contrário, houve anos em que o Brasil cresceu mais
ainda, mas veio abaixo porque mudou o estilo de desenvolvimento, e
desapareceram as forças sociais que estavam presentes antes. Antes de 64
houve uma enorme confrontação de forças sociais, era aquele caldeirão,
que causou tanto medo na grande burguesia e nos americanos... Passaram
se trinta anos sem se poder pensar propriamente, ou sem poder participar
de movimentos, a juventude mais agressiva e corajosa foi perseguida.
Desmantelou-se o processo de construção do Brasil. E aquele ganho
formidável alcançado no período anterior se perdeu. E o pior é que não
foi possível abrir um debate sobre nada importante, porque toda a
imprensa já estava controlada, tudo aferrolhoado, a juventude estava
desmobilizada, era outro país" (idem).
Temos que ter novas
esperanças e começar a sonhar de verdade, sonhar em escancarar o funil,
chegou nossa hora, professor? “ Se o Brasil partir da identificação dos
problemas sociais, conseguirá criar um tipo de opinião pública como essa
que se manifestou agora na eleição de Lula. De tudo isso, o mais
importante é a diferença que há nesse movimento de hoje em dia, que é de
raiz popular, de raiz social, partiu para a investigação dos problemas
sociais e não dos problemas econômicos. Portanto, acho que se ganha uma
parte da batalha se for priorizado o problema social. Isso eu compreendo
que é um pouco a estratégia de Lula. Colocando o problema social, ele
vai criar um tipo de opinião pública cada vez mais democrática, de raiz
popular, e essa opinião pública de raiz democrática é que vai permitir
consolidar esse próximo momento, e você vai ter finalmente a
transformação do Brasil partindo do social e não do econômico” (idem).
Estamos
rezando...Até agora não vimos nada. Mas talvez seja porque Celso
Furtado, no alto de sua longa e nobre experiência conseguia ver além da
vigente cortina de mediocridade e desesperança: "Em um futuro que,
imagino, não será muito remoto, parecerá simples devaneio de intelectual
ocioso a referência ao que está ocorrendo na América Latina neste final
de era marcado pelo fundamentalismo mercantil." (Celso Furtado, 2004)
Professor,
esperamos que esteja certo. Mas se não for dessa vez, pedimos força
para sabermos carregar sua bandeira nas próximas oportunidades. Suas
esperanças não morrerão. Seu sonho, nosso sonho, ainda será realidade.
Rio de Janeiro, 23 de novembro de 2004
(*)
Doutorando em economia da UFRJ, na época, hoje economista do BNDES.
Gostaria de agradecer a Sandra Carvalho, Eduardo Kaplan e Bruno Galvão
dos Santos pela leitura e comentários.
Fonte: www.cartamaior.com.br