segunda-feira, 23 de maio de 2016

PCdoB realiza encontro em Jacobina com foco nas Eleições 2016.





Neste sábado (21/05/2016), o PCdoB de Jacobina deu Show de representatividade em seu encontro de alinhamento do projeto político JACOBINA MERECE MAIS, que conta com Pré-candidatura de Zé Amin (a Prefeito) e cerca de vinte e duas (22) Pré-candidaturas ao legislativo municipal.



O teor democrático do encontro foi perceptível pela participação de representantes de alguns partidos políticos e diversos agentes engajados(as) nos mais variados movimentos sociais atuantes em Jacobina (Movimento de Mulheres, Movimentos Culturais e Artísticos, Movimento Negro, Movimento de defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Sindicalistas, Associações Comunitárias de Moradores, Professoras(es), Estudantes...).

Também marcaram presença o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) e o deputado estadual Bobô (PCdoB), que fizeram questão de enfatizar, em suas falas, o compromisso e apoio às candidaturas do partido em Jacobina. "Oportunizar candidatura a prefeito e fortalecer as candidaturas ao legislativo municipal em Jacobina fazem parte do planejamento do PCdoB em nível estadual", afirma Daniel Almeida.

Em entrevista, o Pré-candidato Zé Amin afirma que "a sociedade jacobinense está cansada da falta de opções e clama por um projeto novo e alternativo que venha a devolver Jacobina ao seu povo. O ponto norteador desse novo projeto do PCdoB é propiciar uma vida cada vez mais digna para aqueles(as) que derramam suor para construir as riquezas dessa terra.
Secretaria de Organização

PCdoB - Jacobina

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Jandira: Afastamento de Cunha mostra quem é o aliado de Temer

Jandira: Afastamento de Cunha mostra quem é o aliado de Temer


“Esse é o aliado de Temer”, diz Jandira“Esse é o aliado de Temer”, diz Jandira
Para a deputada, “é imprescindível que se saiba que Cunha forma dupla com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) para tentar tirar a presidência de Dilma, para que o vice assuma. "É esse exatamente que é o aliado de Temer, que monta um governo ilegítimo com Temer, que forma dupla com Temer."

Para Jandira, a decisão de afastamento de Eduardo Cunha para que ele seja julgado em 11 inquéritos por corrupção no Supremo Tribunal Federal (STF), suja ainda mais a possibilidade de Temer assumir um governo. “Alguns imaginam que essa decisão pode limpar o golpe, limpar a cena do crime, porque ele deixa de estar colado com Michel Temer. Mas não deixa, todo mundo sabe que o mandante deste golpe é exatamente este.”


“Como ele não pode presidir essa Câmara, não pode ser deputado, ele certamente não transformará esse governo mais legítimo. Suja mais a ficha de Michel Temer, esse governo impostor, que quer assumir a cadeira da presidenta”.

“Essa decisão do ministro Teori, apenas comprova o que todos nós dissemos e nos livra pelo menos por um bom tempo, até que a cassação se dê, de um comandante contra a democracia, de um comandante da pauta do retrocesso, da pauta fundamentalista, e que manobra de forma autoritária, o tempo todo, para agredir a democracia e o direito dos parlamentares de desenvolverem o seu trabalho.”

Jandira salientou ainda que foi sobre o comando de Eduardo Cunha que está em tramitação o golpe institucional contra a presidenta da República, eleita pelo voto popular. “Foi Cunha que principalmente comandou o processo de impeachment na Câmara, contra a presidenta Dilma, uma mulher que tem respaldo popular e é essa mulher que está sendo retirada da cadeira a partir da Câmara por conta de um comando por uma dupla, Cunha-Temer.” 


Atuação na Câmara dos Deputados
Jandira destacou todas os malfeitos de Cunha na direção da Casa legislativa do país. “Cunha que fez todas as manobras para agredir e desqualificar a presidenta Dilma, para montar as pautas do retrocesso dos direitos civis, direitos sociais, direitos humanos, direitos políticos.”

Por isso, a deputada se diz animada com a notícia de afastamento de Cunha. “Hoje é o dia da boa notícia que a justiça começa a se fazer, e que a gente vai tentar criar um ambiente um pouco melhor.”

Jandira elogiou a atuação dos movimentos e das pessoas que pediram o julgamento de um deputado e presidente da Câmara que já havia sido denunciado por vários crimes, há vários meses, mas que ainda não tinha sido sequer afastado de seu cargo e ainda utilizava de seu cargo para conseguiu manobrar as investigações contra ele na Comissão de Ética da Casa. “Parabéns ao povo que pediu essa mudança, parabéns a todos nós que lutamos por ela, mas vamos ficar atentos que muitas manobras que ainda virão. Vamos ficar atentos e trabalhando.”

Fonte: www.vermelho.org.br

terça-feira, 3 de maio de 2016

SECUNDARISTAS DERROTAM ALCKMIN PELA SEGUNDA VEZ!

Em SP, estudantes secundaristas vencem mais uma vez o governo Alckmin!

12091296_322293174561233_7590926015671116023_o-800x533
SECUNDARISTAS DERROTAM ALCKMIN PELA SEGUNDA VEZ!
No Facebook da Mídia NINJA
Justiça suspende reintegração de posse do Centro Paula Souza e decreta a ilegalidade da invasão da PM!
A luta corajosa dos secundaristas de São Paulo que, no fim de 2015 enfrentaram a truculência da PM e do governo Alckmin e derrotaram o projeto de destruição-reorganização das escolas, acaba de impor nova derrota ao governador.
O juiz Luis Manuel Pires, da Central de Mandados do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou ainda que em 72 horas o governo de São Paulo explique quem deu a ordem de invasão ilegal.
A resistência dos estudantes acordou a sociedade e aos poucos, na tarde de hoje, líderes subsidias e políticos acorreram à ocupação. A deputada Luiza Erundina e o secretário de Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy, foram dois deles.
Os estudantes de São Paulo dão pela segunda vez uma aula ao país: só está derrotado quem não luta e o poder da mobilização é capaz de derrotar as forças que desejam a volta do regime ditatorial.

Aecím é o cérebro de Furnas e o herói do Golpe!!!


Aecím é o cérebro de Furnas e o herói do Golpe

Janot aplica o toma lá dá cá...
publicado 03/05/2016
bessinha democracia sem povo
“O Procurador Rodrigo Janot levou 559 dias e quatro delações para decidir investigar Aécio Neves na Lava jato. O senador foi citado pela primeira vez em 21 de outubro de 2014. Naquele dia, Alberto Youssef ligou o tucano a estranhezas em Furnas”.

De Bernardo Mello Franco, na Fel-lha.

A lerdeza do Dr Janot é supeitíssima.

Por exemplo, ele deixou o Eduardo Cunha intocado, até que o impeachment se materializou na Câmara.

O que fez com que o Nassif considerasse o Janot a cabeça do Golpe.

O tronco, os membros e o cavanhaque estão em Curitiba.

Agora, enquanto leva o Aecím para a porta da cadeia, vaza para a Fel-lha a informação atenuante, o toma lá, dá cá: “Janot prepara ação contra a Dilma”, por tentar melar a Lava Jato.

Quá, quá, quá!

A Dilma tentou melar a Lava Jato!

Só na cabeça do Janot e desse notável exemplar da corrupção da Petrobras no Governo FHC, o Delcídio!

(Não deixe de ver que o ministro Teori mandou o FHC Brasil para o Moro, aquele do não vem ao caso. Não virá…)

(Note-se que o Aecím vai em cana, não por causa do Moro – não viria ao caso – nem do Delcídio: ele é o líder da deslavada – sem trocadilho – corrupção em Furnas, já que era o patrono do Dimas Toledo, esse que vai cuspir os feijões.)

(Como se sabe, o primeiro da lista de Furnas é o José Cerra, então, candidato a Presidente. O segundo, o Geraldinho Merendão.)

O iminente encarceramento do Aecím, da Mamãe e da Irmãzinha deixa o Golpe nu.

Como se ainda fosse possível despi-lo.

Aecím perdeu a eleição com 48% dos votos.

No dia seguinte embarcou no Golpe desvairado.

Pediu anulação da eleição, recontagem dos votos, suspeita sobre a urna eletrônica, tudo na hipócrita companhia desse notável exemplar tucano de São Paulo, Carlos Sampaio, outro “listado”.

Como diz o Mino: são canalhas, hipócritas, ou hipócritas canalhas?

Aecím deu a partida para o Golpe.

Na segunda feira seguinte à derrota ele estava com tropa nas ruas.

A tropa da Globo!

Não fez como Sarkozy na França e o Scioli na Argentina, que perderam por margens ainda menores que a dele e, no dia da eleição, reconheceram a derrota e jamais organizaram um Golpe.

Diz-se que, nesta terça-feira, 03/05, Aecím vai se encontrar com o traíra do Temer para apresentar o “programa mínimo” do PSDB, o que inclui o inevitável parlamentarismo – os tucanos preferem governar sem voto!

Quer dizer, o candidato da Oposição de dois anos atrás, o vice-presidente da República eleito, dois anos atrás.

Os dois, perseguidos pela Polícia.

Encontram-se para “organizar” o Governo do Golpe.

Para dar o Ministério da Defesa, o programa do submarino nuclear, ao Raul Jungmann!

Quá, quá, quá!

Um arruaceiro, que, com o Gabeira e o Pauzinho do Dantas, promovia tumultos no corredor da Câmara como se fosse inferninho de cais do porto.

Jungmann, amigo navegante?

Aquele que aparecia toda noite no jornal nacional, porque namorava funcionária da Globo em Brasília...

Lembra dele, da CPI dos Grampos?

Aquela CPI do delegado Itagiba, do núcleo duro do Cerra no Ministério da Saúde, na compra das ambulâncias?

Foi a CPI que montaram para defender o Daniel Dantas e ferrar o Protógenes Queiroz.

Jungmann era o Neymar dessa memorável CPI.

No Ministério da Defesa pode vir a entregar ao Banco Opportunity a concessão para vender – ou afundar – os submarinos nucleares!

É esse o Governo de que o Aecím e o Meirelles vão participar: do Itagiba, Cerra, Jungman.

E eles acham que o povo não está percebendo…


Paulo Henrique Amorim
Fonte: www.conversaafiada.com.br 
 

quarta-feira, 13 de abril de 2016

PCdoB e PHS: Nova rodada de diálogos em Jacobina.



Nesta terça (12/04), presidentes e pré-candidatos(a) do PCdoB e PHS voltaram a discutir alternativas políticas para o município de Jacobina.

Ambas as siglas contam com pré-candidaturas ao executivo e ao legislativo nas próximas eleições municipais. O entendimento comum continua sendo o de que Jacobina precisa avançar e, para isso, o caminho a ser percorrido deverá ser alternativo.

Para Zé Amin, pré-candidato a Prefeito pelo PCdoB, “quem está constantemente em Jacobina e andando pelas comunidades, como eu, sabe que há um sentimento de mudança nas falas e nas atitudes do povo jacobinense. Existe hoje  uma indignação generalizada e o expresso desejo de mudar”.

Epaminondas Macedo, presidente e pré-candidato a Prefeito pelo PHS, afirmou “sentir-se à vontade para dialogar com o PCdoB sobre a construção de um grupo político alternativo e sólido, que reúna os desejos, as disposições e as forças necessárias para mudar jacobina”

O PCdoB de Jacobina segue firme com o seu movimento “JACOBINA MERECE MAIS” e intensificando o diálogo com outras siglas. Pelo calendário oficial do TSE, em três meses já havermos adentrado ao período das Convenções, no qual os partidos definirão e formalizarão suas coligações para a disputa eleitoral. 

Secretaria de Organização
PCdoB – Jacobina-Ba








quarta-feira, 2 de março de 2016

PCdoB realiza filiação de grande liderança comunitária.



Na noite desta última terça-feira o PCdoB de Jacobina realizou reunião com a executiva para receber e comemorar a filiação de uma forte liderança dos movimentos sociais. Júnior de Todos, líder comunitário do populoso bairro da Bananeira,  articulador de projetos sociais e com forte ligação ao movimento de afirmação Negra traz para o PCdoB sua força política e olhar sensível ás causas sociais. 

Durante o encontro Júnior do Povo afirmou que " precisamos fortalecer as politicas sociais voltadas para a inclusão do jovem em situação de risco social e a geração de emprego e renda", arrematando que no PCdoB iria encontrar apoio e condições de tocar seus objetivos políticos, somando com o projeto "JACOBINA MERECE MAIS".

Além de promover diversas ações culturais e esportivas no QUILOMBO ERÊ onde o contra-mestre Júnior de Todos reúne outros representantes comunitários e desenvolve o trabalho sócio-político, o mesmo possui um currículo extenso no que diz respeito à parceria com associações rurais e de bairros, incluindo a implementação de convênios e projetos junto a instituições de qualificação profissional gerando emprego e renda nas comunidades.

Portanto, o Partido Comunista do Brasil realiza mais um movimento contundente com foco no fortalecimento de suas bases e do projeto que têm Zé Amin como principal nome para garantir a vitória e execução de uma administração participativa e democrática.


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

PCdoB Jacobina inicia diálogo com outros Partidos.






Jacobina Merece Mais!

Com este mote o PCdoB de Jacobina, que tem pré-candidaturas a PREFEITO (Zé Amin) e VEREADORES(AS), vem intensificando o diálogo interno e com partidos que protagonizarão as disputas eleitorais 2016.

Nesta quinta (23/02) a conversa foi com o PHS - Partido Humanista da Solidariedade, representado pelo dirigente partidário e também pré-candidato ao executivo municipal, Epaminondas Macedo.

O encontro foi salutar e teve como ponto de partida o consenso da necessidade da construção coletiva de um projeto político alternativo para Jacobina.

Para Dayvid Sena, Presidente do PCdoB no município, "O encontro foi muito proveitoso. Epaminondas mostrou-se aberto à continuidade e aprofundamento do diálogo, identificou afinidades programáticas no âmbito municipal e ressaltou a existência da possibilidade de união de forças na disputa eleitoral que se avizinha".

Há pouco menos de 5 meses da abertura do período das convenções e definições de candidaturas, o Jacobina Merece Mais tem se mostrado, também pelas constantes adesões, um movimento de credibilidade e com enorme potencial de transformação social

Texto: Secretaria de Organização do PCdoB - Jacobina



quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

ZIKA VIRÚS E A IMPRENSA

SAúDE PúBLICA > Zika vírus 

 

Resultado de imagem para zika virus

Perguntas que a imprensa precisa responder

Por Roxana Tabakman em 06/02/2016 na edição 888
As etapas iniciais de um surto epidêmico oferecem excelentes oportunidades aos jornalistas encarregados da cobertura de saúde pública. Há muitos cientistas que aceitam deixar entrar as câmaras em ambientes habitualmente vedados, o Ministério de Saúde oferece informação o tempo todo, as famílias afetadas procuram a imprensa porque sabem da importância dela para melhorar a situação, há muito interesse do público e os índices de leitura/visualização dos produtos informativos alcançam níveis invejáveis. O nosso trabalho chama a atenção, dá cliques, gera conversa. Em resumo, quando o contexto geral é de intranquilidade, o jornalista pode dormir tranquilo porque não falta trabalho.
A vida boa, porém, está prestes a se acabar. O período em que não é preciso nem parar para pensar como convencer os editores a publicar matérias de saúde produzidas aqui e não simplesmente traduzidas , está com os dias contados. Agora que o vírus zika já foi registrado em 32 países (e logo serão mais) e que a emergência internacional da microcefalia é oficial, chegou a nossa hora: a concorrência com a imprensa internacional é para valer. A mídia brasileira deve sair às pressas da zona de conforto, os jornalistas têm que se preparar para o que vem na frente. Falando direto. Chegou o momento de desviar a atenção dos porta-vozes oficiais e das telas de televisão, e se perguntar: O que será que não está chegando de maneira automática no meu email? O que está acontecendo de importante e que deve ser investigado?
Novas perguntas ou novas respostas
Não dá para continuar repetindo o tempo todo apenas a recomendação de por areia no vaso da sacada. Isso todo mundo já sabe, faça ou não faça. Ou publicar números em constante aumento, seja de vírus, pessoas ou países. O público e a imprensa vão exigir novidades, novas perguntas ou novas respostas.
A lista de pautas possíveis já é significativa. Vai desde cientistas infectando mosquitos para proteger a saúde humana, testando o zika em mini cérebros criados no laboratório, fabricando vacinas Frankenstein com pedaços dos vírus do dengue e a febre amarela, preparando radiação não letal ou avaliando repelentes de última geração que utilizam os últimos avanços das nanotecnologias. Há também fatos bem distantes destas disciplinas. Nos bancos de sangue do mundo nosso líquido vital está virando sangue de segunda categoria e na suspeita de possível transmissão sexual, nas viagens pelo exterior, amantes brasileiros só serão aceitos com dupla camisinha.
Mas no final, a pergunta que todo mundo quer saber é a seguinte: Um mosquito é mais forte que um país inteiro? Vamos ou não ganhar essa guerra? “O Aedes aegypti é o problema de saúde pública mais grave do século e você é responsável por termos uma epidemia”, é a mensagem oficial difundida massivamente. A criação na população da consciência de que estamos diante de um problema de gravidade extraordinária facilita a necessária mobilização. E aos saudosos do militarismo, a mobilização de 220 mil militares e brigadas conformadas por 300.000 agentes públicos lhes dá tranquilidade. Mas será que é mesmo uma guerra? Será que o mosquito é o principal obstáculo para termos saúde? Será que a estratégia de acabar com os criadouros é 100%  efetiva? Será que podemos todos juntos erradicar o mosquito listrado? Ou tudo se trata, apenas, de uma utopia compartilhada?
A luta corpo a corpo e casa a casa é necessária porém, insistem os especialistas, é insuficiente. Se os responsáveis pelo marketing estão oferecendo uma resposta rápida e simples à sociedade é porque acham que isso é o que o povo está precisando.É também a hora da imprensa dizer não. Não basta ser rápida. Tem que ser também uma resposta eficiente, possível e sustentável a longo prazo. E na hora que o jornalista mudar  sua forma de ver o problema, surgirão centenas de novas perguntas, dúvidas e pautas.
Para resolver o problema de vez são necessárias medidas urbanísticas e sociais que estão ficando fora do foco. A nossa angústia atual é em grande parte consequência do crescimento desordenado das cidades e ausência do saneamento básico. O que nos diz esse fato sobre nosso futuro?
Em segundo lugar, vale a pena aprofundar mais nas alternativas biotecnológicas que começam a ser testadas. Algumas nascem envoltas em polêmicas e, a depender do tratamento jornalístico, o repórter pode ser de muita ajuda, ouprovocar muito dano.
No Brasil está sendo desenvolvido, por exemplo, o projeto Wolbachia, que consiste em inocular no Aedes aegypti uma bactéria com o objetivo de torná-lo incapaz de transmitir os vírus (da dengue, zika e chikungunya). O micróbio é, na sequência, transmitido da fêmea para os ovos, e no cenário final uma população de mosquitos incapazes de fazer o mal vai substituir os atuais, que ninguém quer por perto. O desfecho do tipo  “viveram felizes para sempre” seria obtido sem matar ninguém, nem sequer um mosquito. Será que uma estratégia assim é verdadeiramente eficiente e compatível com a saúde do meio ambiente? É uma pergunta que muitos se fazem e que vale a pena responder.
Outra tática de alta tecnologia, com pesquisas já bem avançadas, é a do mosquito transgênico que esteriliza a fêmea e, no longo prazo, permite sonhar em acabar com a espécie (o que não é de lamentar porque o Aedes aegypti é invasor aqui na América Latina, é preciso dizer). O projeto todo parece roteiro de filme. Começa no laboratório de engenharia genética e, na cena final, a população de mosquitos sobreviventes não é suficiente para transmitir o vírus. Outro caminho paralelo que os cientistas avaliam hoje é alterar o DNA dos mosquitos para que sejam incapazes de levar o vírus zika na barriga, uma característica que logo seria transmitida aos seus descendentes (processo tecnicamente conhecido como gene drive). Hoje ainda há muita oposição a liberar animais transgênicos no ambiente natural. Será que o medo mundial da microcefalia muda a percepção pública sobre a necessidade de contar com ajuda dos organismos modificados geneticamente? Tal vez. Isso é desejável? Achamos que sim, mas cada jornalista tem que produzir notícias capazes de levar o público a desenvolver suas  próprias conclusões.
O foco destas estratégias está no bandido de patas listadas, que os cientistas querem, seja aniquilar, seja converter em Aedes do bem. No final da estrada, um cenário maravilhoso de um mundo sem mosquitos malvados. Na teoria é possível, mas o Brasil precisa de repórteres bem formados capazes de ouvir estas maravilhas com suficiente ceticismo profissional para checar as informações recebidas.  A história contada apenas pelos protagonistas, com autoridade e interesses próprios, em jargão preciso e incompreensível, e sem possibilidade de questionamento, constituiria um ato de fé. Depois de todo anúncio ribombante o repórter precisa ir atrás, saber o que opinam outros cientistas trabalhando na mesma área, se avaliam a metodologia, se o investimento faz sentido. Também deve evitar a crítica infundada baseada nas distopias literárias que começam num laboratório de paredes brilhantes e acaba já sabemos como. A mídia brasileira pode dar um show de bola se conseguir difundir o que se faz no país sem “comprar” as informações técnicas de olhos fechados nem fugir delas como se fosse um pecado. A ciência demanda evidências, o jornalismo também.
O diagnóstico da síndrome da microcefalia e o teste do vírus em fluidos humanos é um outro assunto que vai gerar muitas notícias nos próximos meses. Também aqui é essencial que se deixe de repetir a importância de um anúncio apenas porque os próprios autores disseram que ele é genial. É bom saber que um método de identificação da doença não é maravilhoso unicamente por ser rápido e barato. Tem que ser avaliado pela sensibilidade (capacidade de identificar a afecção), especificidade (capacidade de identificar quem não tem a afecção) e valor preditivo (proporção dos exames positivos de pessoas que realmente ficaram doentes), isso é indispensável para saber o que significam os casos confirmados ou descartados. Não ouvi jornalistas fazendo perguntas com essa profundidade, a grande maioria deles apenas está transcrevendo números oficiais.
O ritmo da ciência é lento. A mídia vai ser chamada muitas vezes a noticiar pequenos avanços na busca de um soro ou uma vacina contra dengue, zika, chickungunya entre as muitas fórmulas que estão sendo pesquisadas. A urgência e publicidade podem alavancar o dinheiro necessário e organizar o sistema científico para que o processo não demore mais do que o necessário. Os laboratórios e as instituições precisam da imprensa para que estas pesquisas continuem sendo uma prioridade do Estado. Mas a mídia não pode cometer o erro, como fez no tristemente célebre caso da fosfoetanolamina- de exigir o atropelo de fases clínicas. O método científico exige esperas longas porém extremamente importantes.
Falsas polêmicas.
As discrepâncias entre os cientistas são reais e positivas, assim é como avança o conhecimento. Mas outro ponto importantíssimo é refletir sobre o que chega ao público como polêmica sem base na realidade. Os ecologistas não gostam de mexer no ambiente natural? Vamos então perguntar para eles sobre o mosquito transgênico. Pedir a avaliação dos contrários, ou seja, se jornalista tem a certeza que as fontes oferecem distintos pontos de vista e não simplesmente editam a informação à luz da suas paixões pessoais. Nos tempos de epidemia é a hora de fugir de militantes desinformados. Caso contrário, um repórter pode acabar propondo encher o Parque do Ibirapuera de anfíbios que comam os mosquitos ou recomendar velas de citronela, ou estratégias similares na sua falta de eficácia contra o Aedes. A militância bem informada pode, porém, ser de grande ajuda para mostrar como os agravos ambientais impactam na saúde das populações humanas.
A correta avaliação das fontes pode parecer uma recomendação desnecessária, mas a disseminação dos erros é tão marcante hoje em dia que é difícil saber o que é verdade ou não. Será que o leitor, provavelmente bem informado, sabe responder sem erros quais destes métodos são eficientes para protegê-lo de picadas do mosquito? Spray doméstico- Raquete elétrica-Repelentes a base de Icaridina- Repelentes a base de DEET- Repelentes eletrônicos- Lavar o chão com citronela- Plantar crotalaria- Velas repelentes- Limão com cravo- Areia nos pratos- Sal grosso – Borra de café- Carros com fumacê- (lista incompleta devida à extraordinária inocência e criatividade do brasileiro). A cobertura de assuntos que impactam na saúde não significa dar as costas às fontes não oficiais, mas é preciso avaliá-las com rigor porque o dano ficará para as próximas gerações.
Controle do mosquito ou erradicação?
A gente acredita que estamos em um período de tolerância zero, mas não é bem assim. O país abandonou oficialmente a meta de erradicar o Aedes aegypti no mês de julho de 2001. O propósito é controlá-lo. Mas isso não significa que não existam especialistas que apontem a erradicação como único caminho. É o Fla-Flu da Copa Aedes aegypti.
Se o jornalista procura olhares de fora do mainstream, pode encontrar aqueles que acreditam que é de nossa responsabilidade humana preocupar-nos que o mosquito não esteja contaminado com o vírus. São especialistas em modelos matemáticos que insistem que deveria se proteger mais os mosquitos do contato com os infectados do que se faz hoje. Em outras palavras, eles põem o foco no isolamento dos que já estão infectados. A lógica é fácil de entender. Os vírus se reproduzem mais rapidamente nos seres humanos do que no mosquito. O inseto é uma espécie de “disque-virus’ que faz entrega casa por casa, mas o animal que o transporta a grandes distâncias é o humano. A fonte do vírus não é o mosquito, é o homem. Essa mudança de perspectivas é interessante, mas pode ter consequências. A história da medicina brasileira tem uma frase célebre de Oswaldo Cruz: “dêem-me liberdade que eu erradico a febre amarela”. Naquela época (1904) , o mosquito foi mesmo erradicado. A estratégia incluía, entre outras medidas, isolamento rigoroso do doente em ambiente protegido por telas metálicas.
Cingapura contempla multas de alto valor e até cadeia para quem tiver criadouros com larvas de Aedes em casa. Hoje, na Bahia, usuários anônimos fotografam e informam aos órgãos municipais os locais com possíveis criadouros de mosquito através do aplicativo Caça Mosquito (para o sistema Android). A sociedade ainda deve discutir – e a mídia tem um papel crucial neste debate – sobre o que deve ser feito ou não para resolver a difícil convivência das pessoas com os mosquitos. Mas para fazer isso, precisamos dar a conhecer a real efetividade de cada uma das estratégias que podem ser executadas. Os números existem, estão nos discos duros dos computadores dos cientistas. É só saber perguntar, e ter a coragem de divulgar.
Quantos casos são?
Os repórteres vão continuar buscando respostas a essa pergunta por muito tempo e com muita pressão dos editores que procuram manchetes impactantes. Os cientistas também. E os dois sabem que o campo dos números está cheio de armadilhas. Pernambuco tem muitos casos de microcefalia. Será simplesmente uma super notificação?. Os casos mais graves estão no Ceará. Há alguma outra causa contaminando os dados?
O repórter pode fazer uma mudança de foco indo na contramão: perguntar quantos casos de microcefalia se devem mesmo ao Zika e colocar seu interesse noutras possíveis causas da enfermidade. Se não for o Zika, qual pode ser uma outra causa? Há sem dúvida outras questões a serem estudadas, desde redes de atenção básica ineficientes a causas ambientais desconhecidas. Toda substância química ou radiação que interfira em mecanismos essenciais do desenvolvimento do feto pode levar a malformações, a lista de contaminantes parece infinita e provavelmente ainda é incompleta.
Procurar o lado oculto da informação não significa porém alimentar as teorias conspiratórias. Sempre onde a grande maioria enxerga um problema, outros vêem um negócio oculto. O maldito capitalismo lucrando com as nossas doenças é um clássico dos boatos de internet. A afirmação de que o vírus Zika foi criado pelos Rockefeller está sendo amplamente difundida, ao ponto que o site e-farsas.com, que investiga rumores da web, decidiu esclarecer o assunto. (É mentira, lógico, mas de fato o nome do milionário norte-americano   e a saúde pública brasileira estão realmente interligados. Poucos sabem que entre os anos 1923-1940 o Departamento Nacional de Saúde Pública do Brasil passou à Fundação Rockefeller a responsabilidade exclusiva pela eliminação do Aedes aegypti). As teorias conspiratórias abarcam todas as bandeiras. Antes que a OMS declarasse a emergência, muitos se perguntavam, (geralmente em inglês). What must be heavy lobbing from Brazil not to declare emergency?.(Quão forte deve ser o lobby do Brasil para que não se declare a emergência?) Mas a imprensa que tem a responsabilidade de informar sem censurar verdades, deve tomar cuidados extremos para  não cair na armadilha de misturar fatos reais não relacionados.
Com as lições aprendidas com a gripe suína, a prestigiosa plataforma de informação científica scidev.net quis oferecer aos jornalistas de países com poucos recursos e grandes desafios, as suas recomendações. “Para informar com responsabilidade sobre o brote de uma doença, não é apenas necessário dar sentido aos primeiros informes. Também deve ser feito um acompanhamento exaustivo da evolução da doença  a longo prazo…Há necessidade de voltar às fontes para ver se elas mudaram de opinião e levar isto ao conhecimento do público.”
O Zika pode servir para um bom aprendizado no jornalismo científico.  Saibam apenas que a contagem regressiva da dengue já começou. Os especialistas aguardam uma epidemia forte de dengue tipo IV, a dengue neonatal e encefalite por Chikungunya. Aliás, também temos possibilidades de outras doenças chegando. O Zika pode ser o desafio que precisávamos para conseguir estar no patamar de nossos colegas dos EUA e Europa fazendo com que as matérias de saúde sejam baseadas em evidências, assim com deveria acontecer na política, na economia ou com as notícias da cidade.
***
Roxana Tabakman é bióloga e jornalista, autora de “A saúde na mídia. Medicina para jornalistas, jornalismo para médicos”. Ed. Summus.

Fonte: observatoriodaimprensa.com.br

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

PCdoB Jacobina organiza estratégias para eleições municipais 2016.






As articulações políticas para as eleições deste ano de 2016 correm a todo vapor. Nesta terça (26/01) o Comitê Municipal do PCdoB de Jacobina esteve, mais uma vez, reunido com pré candidatos(as), vereadores e militantes discutindo estratégias para disputa. Como já deliberado no coletivo partidário, o PCdoB lançará candidatura a prefeito em Jacobina. Há muito o partido vem se articulando para isso e agora apresenta-se como uma alternativa viável na atual conjuntura política jacobinense. A força do partido é notória com o movimento JACOBINA MERECE MAIS. Além da grande aceitação popular ao pré candidato ao executivo, conta com dois mandatos de vereadores e dezenas de pré candidatos(as) almejando a ocupação de outras cadeiras no legislativo municipal. "Nossas pré candidaturas, tanto ao executivo quanto ao legislativo, são de pessoas que vivem em Jacobina, que atuam diretamente nos bairros, sindicatos, associações de Jacobina e priorizam o respeito e compromisso com nosso povo", afirmou Dayvid Sena, Presidente da legenda.

Texto - Secretaria de Formação do Comitê Municipal.

Saudações,

domingo, 24 de janeiro de 2016

Parque da Macaqueira - Riqueza desprezada - Jacobina


Poucas cidades na Bahia possuem um parque ecológico tão rico em belezas naturais e desprezado por sucessivas administrações municipais. O parque da Macaqueira banhado pelo rio do ouro além de história possue um relevo encantador com diversos riachos e nascentes afluentes derramando no leito do rio do ouro. Em menos de 20 minutos de caminhada qualquer cidadão pode acessar o parque, aproveitamos esse domingo e fizemos uma trilha para verificar as condições do parque, infelizmente, a situação está caótica.
A antiga sede de produção energética de Jacobina encontra-se totalmente abandonada, conforme as fotos abaixo, as trilhas deterioradas por erosão,  desmatamento humano e uma quantidade de lixo absurda levada por pessoas que carecem de educação ambiental e convencional. Sem falar na quantidade de casas que avançam sobre o vale em ambos os lados.
Desde modo, o que ainda permanece é o poder infinito da natureza em se renovar e com suas próprias forças expurgar o lixo e os restos de ferramentas que supostamente apontam para atividade de garimpo ilegal naquele parque.





Enfim, o potencial turístico de Jacobina é inegável, mas não podemos alimentar a idéia de que se pode fazer turismo sem uma sistema robusto de segurança, educação, logistica e manutenção de nossas riquezas naturais. No mais, vamos aproveitar os nossos mananciais pois não podemos esperar políticas que fortaleçam o turismo enquanto aprisionados no BA VI que só traz retrocessos para Jacobina e região.
JACOBINA MERECE MAIS !!!
Saudações,