"Quem se ajoelha diante do fato consumado, será incapaz de enfrentar o o futuro"
Leon Trotksy.
Sabemos que após as reformas da Previdência e Trabalhista, a maioria dos trabalhadores brasileiros perderam uma fatia importante da valorização da mão de obra e do seus direitos, além de uma aposentadoria digna. Associado a estes acontecimentos que se estabeleceram no âmbito federal, a classe trabalhadora tem assistido uma série de ataques quando o assunto é o direito da livre associação sindical. Para falar sobre isso, iremos analisar um caso recente que reflete como estas chantagens contra os trabalhadores ocorrem, afetando os mecanismos de reivindicação dos seus direitos e valorização da mão de obra.
Após anos de lutas e conquistas lideradas pelos o Sindicato dos Metalúrgicos de Jacobina e Região (STIM Jacobina), a categoria vem sofrendo uma série de assédios que estão culminando na demissão de importantes lideranças sindicais. Segundo informações dos metalúrgicos que trabalham nas Torres TEN alguns diretores do supracitado sindicato foram vítimas de demissões sumárias em virtude de suas atividades sindicais. Estes episódios se intensificaram após o STIM organizar a maior paralisação de trabalhadores nos últimos 30 anos de atividade sindical em Jacobina. A mobilização ocorreu no espaço em frente ao Aeródromo local e reuniu mais de 200 trabalhadores, todos mobilizados pela garantia de seus direitos e a valorização da força de trabalho. Ocorre que após esta intervenção do sindicato, todos os diretores e parte dos participantes da mobilização foram demitidos, um a um. Este comportamento da empresa reflete uma série de ameaças e ataques aos direitos e necessidade dos trabalhadores, este tipo de censura constitui ilegalidades que devem ser repreendidas. Tais chantagens afetam o debate e a organização de pauta de modo democrático.
Em virtude desta capacidade de organização e enfrentamento, a direção da TEN resolveu demitir sem justa causa o metalúrgico e presidente do STIM – Rogério Moraes. Mesmo cumprindo com suas atividades laborais cotidianas, o sindicalista foi covardemente reprimido por exercer um direito constitucional garantido na carta magna: todo o trabalhador é livre para se associar ou não no seu respectivo coletivo de classe.
Neste sentido, o momento exige uma reflexão por conta dos trabalhadores e demais setores da sociedade jacobinense, haja vista que tais medidas arbitrárias atingem todos os demais segmentos sindicais e deve ser veementemente repudiado. O momento atual exige uma capacidade de avaliar estes comportamentos como uma posição ideologicamente desfavorável à luta sindical. Casos como estes não podem ficar sem discussão e avaliação dos metalúrgicos e demais trabalhadores de outras esferas. A própria aprovação de uma reforma que enfraquece os ganhos dos trabalhadores e os colocam em situação de vulnerabilidade mostra o quanto necessitamos interpretar estes acontecimentos como algo simbólico, certamente, se os trabalhadores estivessem atentos e conscientes de suas escolhas políticas, “deformas” como a da Previdência e Trabalhista não teriam sido aprovadas, nem mesmo ameaças aos sindicatos.
Portanto, além de observar os acontecimentos no chão da cidade, os demais líderes sindicais devem ser organizar para reformular a luta com vistas à inversão da ordem política ora estabelecida na atmosfera federal com e seus efeitos no chão de cada município e unidade fabril.
Com a proximidade das eleições para o congresso nacional e a presidência da República, cabe a cada trabalhador e trabalhadora avaliar o contexto e fazer escolhas políticas que mostrem nossa indignação com as “deformas” aprovadas pelo congresso, temos a oportunidade única de escolher representantes que defendam os interesses dos trabalhadores e o respeito às conquistas históricas registradas na CLT.
Ao nosso valente guerreiro sindical Rogério Moraes, registramos aqui nossa solidariedade e disposição para retomar a luta em prol dos trabalhadores de nossa cidade, não podemos nos contentar com salários defasados, precariedade das condições de trabalho e de vida, se são os trabalhadores que produzem o lucro e as mercadorias, nada mais justo do que garantir a dignidade e a valorização de todos os metalúrgicos e trabalhadores municipais. A luta irá continuar até que todos os trabalhadores estejam conscientes do seu papel enquanto ente detentor da força motriz na produção da riqueza, esta riqueza, precisa ser descentralizada e dividida de forma justa com os trabalhadores e trabalhadoras de Jacobina.
Saudações Democráticas,
Dayvid Sena.
Professor e Pesquisador em Estudos de Linguagens.
Muito bom o texto, é esclarecedor dos direitos de organização sindical e da justa remuneração.
ResponderExcluirA Rogério Moraes toda nossa solidariedade e apoio contra esta abusiva prática antisindical.
Prezado Dayvid
ResponderExcluirNão sei se foi o caso, mas mesmo que esse funcionário seja parte do Sindicato, ele deve obedecer também às regras e às leis.
Quando o funcionário não respeita a política interna, dos valores ou das normas entre a empresa e o contratado. Quando o funcionário resolve não obedecer regras como tempo correto do seu horário de almoço;
Usar o e-mail corporativo com objetivo pessoal.
Também o empregado insubordinado é aquele que descumpre as ordens impostas pelos superiores aos subordinados, tanto as que são repassadas de maneira verbal quanto as que são emitidas de forma escrita. Não respeitar regras internas pode levar a demissão por justa causa.