Sabe-se que desde os tempos mais remotos até os dias atuais sempre existiu o dominante e o dominado, porém o que sempre esteve em pauta foi a pergunta: Até quando o povo vai se submeter ao ditador ? É exatamente com este propósito que iremos tecer aqui algumas reflexões sobre o mundo e nosso município.
A mídia nativa tem divulgado ultimamente a “Primavera Árabe”, movimento revolucionário contra as ditaduras, onde em alguns Estados ocorreu de modo espontâneo demonstrando um grau de amadurecimento educacional da sociedade organizada em consonância com o anseio de liberdade de escolha de seus governantes. Por outro lado, ficou claro o interesse dos Americanos em promover rebeliões em Estados com intuito de se apropriar de suas riquezas como é de praxe no decorrer da história, haja vista as invasões do Iraque, Afeganistão e o engatilhado ataque ao Irã. Vale ressaltar que não quero aqui defender o sistema adotado por nenhum destes países, mas creio que cabe a cada povo decidir com ou sem derramamento de sangue, o leme de suas vidas.
Por conseguinte, a interferência Americana em alguns regimes tem construído verdadeiros celeiros de pessoas radicais dispostas a perpetrar atentados para vingar seus entes queridos mortos, até porque a Lei Internacional que rege as guerras e os conflitos só servem para se aplicar em países que discordam do “ modus operandis” americano de colonização, seja pela força ou através de Resoluções da ONU, congelando bens e confiscando fortunas sem prestar contas a ninguém.
No último episódio que das revoluções mais recentes, tivemos contato com a informação da morte e queda do sistema de Gadaffi, ditador que reinou por mais de quarenta anos sendo um dos mais antigos ainda de pé, controlando com mão de ferro seu povo. Esta e outras noticias tem tomado boa parte da pauta dos principais jornais, rádios e telejornais do nosso país. Contudo, percebo que estas noticias vão repercutir muito pouco ou quase nada no meu e no seu dia-a-dia, logo convido ao leitor para se perguntar: Porque ao invés de focar nosso olhar nos ditadores externos não procuramos identificar os ditadores internos? Aqueles que atuam ao nosso redor, desviando verbas públicas, contratando serviços superfaturados e desautorizando instalação de serviços essenciais para a nossa população como foi o SAMU e em breve também o LACEN. Penso que se cada cidadão pode começar a se situar no processo de “ditabranda” que vive em seu município, com certeza, poderemos construir e eleger pessoas melhores e mais inteligentes para gerir os recursos públicos de nossa cidade.
Neste sentido, ao invés de ficar se preocupando com a pauta externa noticiada em cada rádio local, vamos se preocupar com a nossa comunidade, afinal temos certeza de que é quase impossível consertar o mundo, e nem precisamos disso, ademais se pudéssemos corrigir os desvios de conduta e a corrupção em nosso município já seria de bom tamanho. Portanto, quero convidar você leitor, formador de opinião, procure identificar os ditadores que estão em nossa sociedade, busque dialogar com seu vizinho menos instruído, esclareça a ele do perigo que corremos se deixarmos que o poder econômico, o cabide de empregos entre outras ofertas possam fazer com que nossa cidade viva mais quatro anos sob o domínio das mentes coronelistas, centralizadoras e rígidas às demandas sociais, precisamos colocar um ponto final nesta história de que o Governo Municipal só deve trabalhar no último ano antes das eleições, afinal os recursos chegam todos os meses, e por isso devemos lutar por um modelo onde a gestão pública respeite todos os princípios da administração pública e sobretudo o principio da Eficiência.
Enfim, agradeço a todos por este minuto de atenção, aqui em nosso blog não nos preocupamos com quantidade de acessos mas com a qualidade.
Saudações,
Excelente comentário Dayvid, assumir o local numa postura global, assim o mundo seria mais justo e sadio. Como vivemos em Jacobina, nossa preocupação maior deveria e tem que ser nosso município e suas necessidades, defeitos, etc. se tivessemos esse pensamento de cidadania "infectando" as mentes de cada um, seria bem diferente. Propaguem então esse "vírus" do Bem. Abração.
ResponderExcluirPerdoe-me, erro na digitação, corrigindo: assumir o global numa postura local...
ResponderExcluirBastante sóbrio o artigo. Parabéns. Não é de hoje que estamos tendo o nosso ditador. Afinal, numa comunidade onde o investimento na educação e saúde são considerados como despesas; onde deixa-se de apoiar iniciativas culturais/esportivas para apoiar propaganda de aguardente e depois dizer que está apoiando os professores no seu dia, temos de conclamar a nossa sociedade para acordar, para assumir uma postura crítica em relação a tudo que está ocorrendo na nossa comunidade, especialmente àqueles que são formadores de opinião. Mais uma vez, parabéns pelo artigo.
ResponderExcluirPedro de Alencar