A saúde Jacobinense na UTI
A discussão sobre a saúde em
jacobina corre o risco de se transformar em um assunto banal em virtude da
falta de interesse e do mal uso das verbas públicas por parte dos vários administradores
que por aqui passaram e ainda permanecem.
Parte disto pode ser creditado ao
fato de que este assunto está sendo abordado de forma política, sem o devido
cuidado de analisar as necessidades reais da cidade.
Mesmo depois de alguns anos de
implantação do PSF (Programa de Saúde da Família), ainda presenciamos uma
grande falta de comprometimento por parte dos poderes públicos em relação a
esta área, não priorizando a verdadeira função do programa. Para onde estão
sendo destinada as verbas que deveriam ser usadas para a manutenção dos PSFs?
Ao mesmo passo insere-se no
contexto uma outra discussão tão importante quanto o sucateamento dos postos de
saúde: a visão do profissional de saúde em relação ao setor público em
jacobina. Alguns dirão que a falta de atitude por parte do estado causa um ambiente
de permissividade em relação a atitude do médico. No caso da má prestação do
serviço público, quem será lembrado, o médico ou o Estado?
Esta relação umtanto conturbada
entre o poder público e a classe médica já deu muito o que falar, com
declarações de ambas as partes creditando sempre ao outro a paternidade do
filho (ou problema). Enquanto isso, no meio do fogo cruzado, permanece a outra
parte mais interessada e para quem as outras duas deveriam trabalhar de forma
coesa e com dedicação total. A população está realmente preparada para discutir
estes problemas de forma a cobrar mais comprometimento e responsabilidade às
partes citadas?
Os quase sucateados PSFs de
Jacobina não são mais alvo de debates entre os meios de comunicação, o uso da
saúde em campanha e posteriormente, a vinda da COOFSAÚDE, deixou uma enorme
dúvida no ar permitindo que fossem feitas avaliações preliminares.
A maquiagem usada para encobrir
os vários problemas existentes na saúde se tornou regra entre alguns
administradores, o mal uso do dinheiro público no transcorrer das gestões,
fazem com que os sucessores sempre usem como justificativa a afirmativa de que
“estão pagando os débitos dos gestores anteriores”.
O continuísmo destas práticas e a
ausência da sociedade nestas questões, juntamente com o descaso da mesma, quer
seja por ignorância ou por conivência, abre um grande precedente para que este
espetáculo do mal uso do dinheiro público continue a ser estrelado e que
algumas respostas colocadas acima continuem sem as devidas respostas.
Por: Américo Oliveira Júnior
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